Objetivo da unidade
Ao final desta unidade, você deve compreender as orientações para a operacionalização e implementação das ações essenciais e complementares do Eixo de Responsabilização e Organização do Proteja.
Introdução da unidade
Continuando sua jornada nos estudos sobre o Proteja, você vai acompanhar agora as ações essenciais do eixo Responsabilização e Organização e a utilização do DIGISUS-Gestor Planejamento. Para todos os itens, você vai conferir e compreender a importância, a forma como implementar e reconhecer possíveis parceiros. Ao final, também vai verificar desafios e possibilidades para superação. Siga com motivação e confiante de que construirá um excelente aprendizado sobre o tema! Confira.
EIXO RESPONSABILIZAÇÃO
Compromisso
Este eixo é composto por uma ação essencial, a saber:
- ELABORAR O PASSO A PASSO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROTEJA
Agora, conheça a narrativa sobre a operacionalização do eixo de Responsabilização no município de Florão para dar continuidade as suas atividades.
Enfrentamento da obesidade infantil: Eixo Responsabilização
Conheça a abordagem da obesidade infantil no município de Florão no podcast ou na forma de texto, disponíveis a seguir.
Na reunião, a coordenadora da UBS Jaqueline contextualizou aos demais gestores sobre o panorama da situação alimentar e nutricional da comunidade de Palmeira Rosa, com destaque para as prevalências elevadas de excesso de peso entre crianças.
Carolina, a coordenadora municipal de alimentação e nutrição, ficou animada em perceber a mobilização das equipes de saúde para abordagem da problemática da obesidade infantil. Assim, fez uma breve apresentação do Proteja, estratégia que o município havia recém aderido.
O grupo de gestores estabeleceu que a implementação da estratégia era prioridade e seria necessário um trabalho articulado intersetorialmente, para atender o escopo de ações do Proteja. Carolina sugeriu a formação do Grupo, que poderia se tornar a câmara técnica, para a efetivação da prevenção da obesidade infantil no município. A sugestão foi aprovada e definiu-se que Carolina, enquanto coordenadora de alimentação e nutrição, elencaria membros que deveriam compor a câmara técnica, a partir da análise das ações essenciais do Proteja, e aprovaria com os demais membros do grupo. Para maior compreensão do grupo sobre o programa, decidiram conhecer o passo a passo para a implementação do Proteja, a partir dos materiais normativos existentes.
Assim como a equipe de Florão, para compreender o passo a passo de implementação do Proteja, acompanhe a seguir o conteúdo sobre o eixo de Responsabilização.
Ação essencial:
“Elaborar o Passo a passo para a implementação do Proteja”
Confira agora as características desta ação essencial do Proteja.
O planejamento das ações é o primeiro compromisso que a gestão pode assumir com a implementação do Proteja no município. É importante que esse processo seja conduzido em cooperação com as outras secretarias municipais e representações populares. A elaboração de um plano de ação baseado na realidade municipal é fundamental para a gestão das políticas públicas, pois permite identificar os caminhos e os recursos necessários para sua realização, auxiliando, inclusive, o processo de trabalho de cada ente envolvido nas ações. Ademais, este plano deve ter a sua execução acompanhada, ajustando atividades, quando necessário.
- Programar uma agenda de reuniões intersetoriais para planejar a implementação das ações no âmbito do Proteja (Infográfico “Relação entre as ações dos eixos Responsabilização e Organização”)
em conformidade com os objetivos no Art. 2º da Portaria nº 1.863/2021. Neste sentido, recomenda-se a utilização do Planejamento Estratégico- Situacional (PES), que organiza o processo de construção do plano de ação por meio de quatro momentos: explicativo (definição dos problemas e suas causas nos territórios), normativo (identificação de objetivos, metas e recursos necessários), estratégico (construção do curso de ação) e tático-operacional (identificação da necessidade de adaptações nas estratégias quando estiverem em curso) (BRASIL, 2016). No Anexo II, há um modelo de planilha operacional para o detalhamento das ações do plano.
Você pode conferir no link a seguir o Anexo II - Modelo para organização de planilha operacional para o detalhamento do plano de ação. Anexo II.
- Instituir espaço intersetorial para apoiar a elaboração do plano de ação por meio da mobilização dos diferentes atores envolvidos e da construção de metas intersetoriais. Os municípios podem criar espaços específicos para a condução da implementação do Proteja ou, então, utilizar espaços como a Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição (CIAN) do Conselho Municipal de Saúde, o Grupo de Trabalho Intersetorial (GTI-M) do PSE, a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) e o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (COMSEA).
- A fim de viabilizar e potencializar as ações capazes de proporcionar ambientes e cidades favoráveis às escolhas e hábitos de vida saudáveis, recomenda-se que os setores de planejamento urbano, assistência social, agricultura, abastecimento, esportes, educação, segurança pública, entre outros, tenham representação neste espaço intersetorial de discussão sobre o Proteja.
- Elaborar um diagnóstico situacional dos indicadores do estado nutricional (com foco na obesidade), do consumo alimentar e da assistência à saúde de crianças, adolescentes e gestantes a partir dos relatórios do SISVAN, do SISAB e de outros sistemas de informação ou pesquisas que podem contribuir com informações complementares sobre o território.
- Realizar oficinas de discussão sobre o tema nos distritos sanitários, a fim de reconhecer as necessidades de saúde dos diferentes territórios bem como mobilizar e engajar os profissionais na agenda do Proteja.
- Realizar o mapeamento do município em relação a aspectos estratégicos no enfrentamento da obesidade infantil, como:
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- Elaborar o PES para até o final da vigência do Proteja, descrevendo como e por quais setores cada uma das ações pactuadas será implementada, sendo fundamental a coordenação das ações pela secretaria municipal de saúde. Para o monitoramento das atividades, os municípios poderão fazer uso do rol de indicadores descritos no Anexo III. Durante o planejamento, deve-se priorizar a implementação das ações em regiões em situação de vulnerabilidade social e econômica.
Você pode conferir no link a seguir o Anexo III - Modelo para organização de planilha operacional para o detalhamento do plano de ação. Anexo III. Anexo III.
- Apresentar e pactuar o plano de ação nas instâncias formais de gestão e controle social do SUS. Sugere-se que na reunião do Conselho Municipal de Saúde para a aprovação do plano também sejam convidados representantes de outros setores da administração pública envolvidos em sua elaboração. Além disso, a participação de representantes de associações de moradores, do conselho municipal de educação, de associação de pais e mestres das escolas, do conselho de alimentação escolar, do conselho de segurança alimentar e nutricional, do conselho de assistência social, do conselho dos direitos da criança e do adolescente e demais conselhos de controle social existentes no município podem ser muito importantes para mobilização da sociedade civil em torno da agenda da obesidade infantil.
- Articular pactuações em nível regional, como a Comissão Intergestores Regionais (CIR), por exemplo, e estadual, como o Comitê Intergestores Bipartite (CIB) ou os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), podem garantir apoio político, técnico e financeiro para a execução e expansão do Proteja.
- Prever a inclusão das ações do Proteja nos instrumentos formais da administração pública, como o Plano Municipal de Saúde (PMS), o Plano Plurianual (PPA) e Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) (CONASEMS, 2021), dialogando assim com a pactuação realizada no Conselho Municipal de Saúde.
São possíveis parceiros: CIB, CIR, Cosems, Conselho Estadual de Saúde (CES), Secretarias de Educação, de Planejamento, de Vigilância Sanitária, Abastecimento, Assistência Social, Economia, Planejamento Urbano, Agricultura, Segurança Alimentar e Nutricional, Desenvolvimento Social, Esporte, entre outras, Conselhos Municipais de Saúde, de Educação, de Alimentação Escolar e demais instâncias de controle social existentes no município.